Queremos mais!

Queremos mais!
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos. (Fernando Pessoa)

segunda-feira, 23 de março de 2015

TCFQ – Test de connaissance du français pour le Québec

Caros amigos eis que foi o dia, dezesseis de março, eis que o dia do tcfq chegou. E chegou e passou rápido para um teste em si, rápido como a forma que a examinadora falava, e lento, muito lento como o trânsito de uma hora e dez minutos para percorrer oito quilômetros até chegar no local da prova. Lento igual o tempo quando somos indagados a falar por quatro minutos de um tema que eu não falaria nem em português.

Mas seria covardia eu resumir meu dia do TCFQ apenas com o tempo de engarrafamento e a última pergunta da prova de expressão oral, seria, mas claro que eu irei detalhar como foi. Bem, saí um hora e meia antes do horário previsto da prova, e levei infinitos setenta minutos para chegar lá. Chegando na Aliança Francesa já tinha duas pessoas que também faria o teste, ambos eram re-teste. Meu nervosismo era perceptível, fiquei nervoso, tentei não ficar mas fiquei.

Uns quinze minutos antes da provar começar chegou um colega minha que estamos mantendo contato desde a ideia de imigrar, ela e o marido são enfermeiros e iriam fazer o teste naquele dia também. Depois descobri que outro casal que ali estava já conhecia minha colega, então formamos uma nova equipe, que depois farei uma postagem sobre isso, enfim, exatamente às nove horas a examinadora surge e nos pede para acompanhá-la até uma sala.

Aí começa tudo, você senta na carteira já marcada com seu nome, recebe um livreto com as alternativas e o cartão de respostas, depois disso, ela explica tudo e taca o dedo no mini-system, então começa o teste, e as questões vão rolando os níveis aumentando, você se perde algumas vezes, e vai marcando, e marcando vinte e nove quadradinhos que poderão decidir seu futuro para o resto de sua vida. O teste rolou e não deu para se ter uma ideia exata de quanto eu fui bem ou não, acredito que acertei boa parte, mas já fiz vários simulados no qual tive surpresas no resultado.

Após realizarmos a parte de compreensão oral, fomos para a sala de espera e fomos sendo chamados um a um para a realização da parte de expressão oral. Ali já éramos uma equipe, uma família, um time super unido. Tiramos dúvidas, descontraímos, tentamos quebrar o gelo, e pouco a pouco foi funcionando, fui o terceiro a ser chamado. Entrei na sala junto à examinadora, lá tinha uma mesa redonda, uns papeis e um celular que estava sendo utilizado para gravar nosso teste, ela me explicou tudo e começamos.

A primeira questão foi super simples e esperada, ela me pediu para me apresentar, durante dois minutos falei de mim, minha profissão, minha cidade, minha família, meu bairro e ela viu que ainda tínhamos alguns segundos e me perguntou sobre o que eu gosto de fazer como lazer. Respondi e partimos para segunda pergunta.

Na segunda questão e me explicou que eu teria dois minutos para preparar um diálogo sobre uma pessoa que faz serviços particulares, e eu sei que a examinador o conhece, e eu deveria fazer perguntas a ela a respeito de preço, disponibilidade, tipo de serviço, etc...foi tranqüilo, não me perdi durante a conversa e ela respondeu tudo de forma muito simpática. Após os longos três minutos de perguntas e respostas fomos para terceira e última pergunta.

Nessa fase eu gostaria de frisar que realmente é fundamental chegar bem, sem nervosismo, essa é a pergunta chefe, em que você desenvolve uma fala sobre um determinado assunto, expressando sua opinião sobre um tema mais complexo. E foi aí que eu posso dizer que fui mal, ela me perguntou o que eu achava que em que as celebridades influenciam na vida das pessoas. Fiquei procurando o que falar, comecei bem, utilizando bons conectores, mas durante os infinitos quatro minutos ela me perguntou qual o tipo de celebridade que eu mais me identifico, eu respondi na lata, as celebridades políticas, poderia de mentindo falado Neymar. Então falamos um pouco da situação atual do Brasil e foi aí que deu o branco, eu simplesmente travei quando fui conjugar no passado o simples e repetitivo verbo “ter”, isso mesmo o nosso famoso “avoir” me fez tremer na base para conjugar correto a frase “ontem tivemos”, apenas isso, me levou muito tempo.

Enfim, a prova foi exatamente assim, e eu fiquei um pouco frustrado, esperava mais, poderia ter sido melhor na expressão, estava mais afiado que demonstrei, agora é apenas esperar longos trinta dias para receber o resultado, vamos que vamos, pois o processo está apenas começando!

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